quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Edulcorantes Artificiais Nocivos à Saúde

Olá pessoal! Estou fazendo minha primeira postagem no blog e escolhi este tema poque acredito que muitos de vocês já consumiram ou consomem adoçantes e também já escultaram ou leram sobre suas nocividades. Estas informações são baseadas em estudos recentes e alguns infinalizados, mas que ajudam a esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto.


Desde o séc. IX a.C. o açúcar foi introduzido na alimentação humana proporcionando mais sabor aos alimentos. Atualmente muitas outras maneiras de adocicar os alimentos foram desenvolvidas e todo composto que tem a função de adocicar é nomeado edulcorante.

Existem dois tipos básicos de edulcorantes: Edulcorantes naturais, extraídos da botânica ou desenvolvidos biotecnologicamente, como principais exemplos a sacarose, frutose, lactose, isomaltose, maltilol e o stévia (adoçante natural retirado da planta), entre outros; E os edulcorantes artificiais, desenvolvidos através de processos industriais, químicos e físicos específicos e como exemplo são o ciclamato, aspartame, sucralose, sacarina, sorbitol, acesulfame-K dentre os principais.

Os edulcorantes artificiais estão sendo consumido pela população cada vez mais pelo fato de a maioria não possuir valor energético relevante, são opções para dietas de diabéticos e possuem um poder adoçante bem maior. O problema é que estudos realizados recentemente identificaram que determinados edulcorantes podem ser nocivos a saúde, como é o caso do ciclamato e da sacarina que em muitos países foram proibidos.

O ciclamato é comercializado como adoçante na forma de ciclamato de sódio associado a sacarina e sua estrutura é bastante estável, resiste a altas e baixas temperaturas podendo ser amplamente usado na culinária.  Mas um estudo feito em ratos na década de 60 pela FDA (Food and Drug Administration) revelou que o ciclamato associado a sacarina pode ser metabolizado como ciclohexalamina, que é uma substância cancerígena, provocando câncer de bexiga e intestino.








Em seres humanos o ciclohexalamina e seus metabólitos provenientes da ingestão de ciclamato associado a sacarina, são absorvidos e rapidamente excretados pelo rim permanecendo em poucas concentrações nos tecidos e fluidos corpóreos. Em grávidas, esses metabólitos podem atravessar a placenta e se concentrar no feto, a ¼ da concentração da mãe, no fígado e rins. Em altas doses, o ciclamato causa diarréia e tem efeito laxante.

Muitos estudos feitos em ratos comprovam nefrite em rins após elevadas doses de ciclamato e associado a sacarina, mas em organismo humano, 10g/dia não afeta o rim. As alterações mais freqüentes envolvendo o ciclamato são calcificação nos rins e em alguns casos seguidas de hiperplasia de epitélio renal.
Estudantes da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto em SP pesquisam sobre o efeito do ciclamato de sódio em rins e fígado de fetos de ratas. Os resultados preliminares revelam uma nefrotoxidade, retardo no desenvolvimento fetal e indicie de maturação placentária reduzido.

Há também um adoçante muito utilizado por todos que não deixa o sabor desagradável aos alimentos, ao contrário da maioria dos adoçantes, que é o aspartame. O aspartame foi desenvolvido recentemente e já existem vários mitos a respeito de sua nocividade. Ainda nenhum estudo comprovou algum mal causado pelo aspartame a não ser em portadores de fenilcetonúria pois no organismo humano a hidrólise do aspartame resulta em ácido aspártico, fenilalanina e pequena quantidade de metanol, este como em pequena quantidade não parece ser um problema.

Atualmente no  Brasil existem vários tipos de adoçantes e o mais abundante é o ciclamato de sódio associado a sacarina na proporção de 2:1. Em uma pesquisa feita com diabéticos, 92% usam adoçantes a base de ciclamato e sacarina na quantidade diária aceitável (50mg/Kg ao peso corporal) de acordo com a FAO (Food and Agriculture Organization) e WHO (World Helth Organization). E estas investigações feitas sobre edulcorantes nocivos a saúde são muito importantes pelo fato destas substâncias estarem presente na dieta de várias pessoas, principalmente diabéticos e obesos.
Luis Eduardo de Oliveira

Fontes:
Revista brasileira de saúde materno infantil - Ciclamato de sódio e rim fetal.


Departamento de Especialidades Cirúrgicas e Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - José Germano Ferraz de Arruda, Alex Tadeu Martins e Reinaldo Azoubel

Revista brasileira de ginecologia e obstetríaca - O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no Brasil

Centro de Diabetes; Departamento de Obstetrícia e Departamento de Endocrinologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo - Maria Regina Torloni, Mary Uschiyama Nakamura, Alexandre Megale, Victor Hugo Saucedo Sanchez, Claudia Mano, Annunziata Sônia Fusaro e Rosiane Mattar.

Cardello HMAB, Silva MAAP, Damásio MH. Análise descritiva quantitativa de edulcorantes em diferentes concentrações.

Asssunção MCF, Andersson GB, Cavalcanti ZCH. Uso de adoçantes alternativos pelos diabéticos.

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