sábado, 29 de janeiro de 2011

Bioquímica da Digestão e Absorção de Carboidratos

Os macronutrientes são classificados em carboidratos, proteínas e lipídios. A digestão e absorção destes nutrientes são compostas por processos químicos e físicos que ocorrem no trato digestivo e seus produtos são levados pelo sangue para os tecidos e principalmente para o fígado onde ocorre uma série de reações que envolvem o metabolismo.
Os alimentos são as fontes que usamos para adquirir nutrientes e o processamento destes é dividido em quatro etapas básicas: A ingestão que é a entrada do alimento no organismo, a digestão que é a quebra de moléculas que compõem esse alimento, a absorção que é a passagem destas moléculas para a corrente sanguínea que finalmente é ofertada para as células através da etapa de distribuição. Abaixo vou descrever como o carboidrato é digerido e absorvido pelo organismo, em etapas.
Os carboidratos normalmente constituem em 50% de uma dieta por oferecerem energia mais rápida para o organismo, pois possuem uma digestão e absorção mais rápida e simples em comparação com outros nutrientes. Dentre os carboidratos digeríveis, de origem animal (glicogênio) e de origem vegetal (amido), são metabolizados à D-glicose com quebras de ligações a-1,4 glicosídicas que são facilmente rompidas pela a-amilase. Já as fibras, solúveis ou insolúveis, não são digeridas pelo organismo humano, por possuírem ligações b-1,4 glicosídicas, que não possuem enzimas para a quebra.





A a-amilase é secretada pelas glândulas salivares e, portanto a digestão de amido e seus derivados iniciam-se na boca e é interrompida no estomago onde o baixo pH inativa a sua a enzima que é reativada no intestino onde há um pH mais básico. O amido pode se apresentar na forma de amilose ou amilopctina que se diferenciam pela estrutura, onde a amilose é linear e a amilopctina é bastante ramificada. A amilose é mais hidrossolúvel, possui aproximadamente 300 moléculas de D-glicopiranose ligadas por pontes glicosídicas por a-1,4. Já a amilopctina é menos hidrossolúvel e possui cerca de 1400 moléculas de a-glicose. Outra enzima que catalisa a quebra do amido é a amilase pancreática que possui uma sequencia de aminoácidos diferente da a-amilase e atuam em pH alto ou baixo mas possui a mesma atividade catalítica da outra enzima.
Os oligossacarídeos são quebrados a polissacarídeos pela ação das amilases e já no intestino os polissacarídeos são digeridos à dissacarídeos por ação da a-1,6 glicosidase na amilopectina, e isomaltase e glicoamilase no caso da amilase. Estes polissacarídeos quando quebrados vão a dissacarídeos que vão ser catalisados na formação, finalmente, de monossacarídeos.
Na absorção, transportadores de hexose realizam transporte ativo, como no caso do SGLT1 e SGLT2 que na presença de íon Na transportam a molécula de glicose para dentro da célula liberando íon K, ou transporte independente, como no caso dos transportadores de hexoses da células, GLUT1, GLU2, GLUT3, GLUT4 e GLUT5. Abaixo segue um esquema de transportadores de hexose nos eritrócitos.


Referência:
Instituto de ciências biológicas - UFMG - Bioquímica nutricional - Aula de digestão/absorção - http://www.icb.ufmg.br/biq/biq038/
Postado por Luis Eduardo de Oliveira




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